segunda-feira, 30 de junho de 2008

Viva la furia espanhola!

Eu sou todo pró-Espanha, por isso só tinha mesmo era de fazer um post a congratular nuetros hermanos pela campanha fantástica que fizeram neste Euro e particularmente pela sova que deram aos alemães e Italianos. Tiveram em todos os jogos, e não perderam um, uma performance muito boa e a final foi o culminar de muito trabalho e preparação. Jogaram de forma inteligente e criativa, como guerreiros. Foi a coroação do futebol espectáculo e fartos de grêgos, alemães, italianos e franceses e do seu futebol chato, cinzentão e demasiado racional estamos todos nós. Viva la furia espanhola!!

domingo, 22 de junho de 2008

Gastronomia, política e diarreia

Gosto muito de arroz e massas, particularmente de cous-cous, mas não dando assim tanto trabalho a fazer, os cous-cous são muito chatos de comer. Qualquer garfada provoca uma avalanche e quando não escorregam para fora do prato, caiem do garfo no percurso que os leva até à boca. Mas há mais coisas más de comer e beber. Os calamares podem ser terrivelmente perigosos quando fica aquele fiozinho que prende o pedaço engolido que devia ir directamente para o estômago "sem passar na partida" e fica ali pendurado a medir-se de razões com a glote; ingerir uma bebida com gás quando esta se engana no caminho e nos sobe ao nariz também pode ser agonizante; ir um bocado de picante para o gôto; ou queimarmo-nos a provar a tomatada enquanto está ao lume e ficarmos com a língua e céu-da-boca num tal estado que depois nem conseguimos comer com gosto a lasanha porque não lhe sentimos o sabor. Comer e beber têm muito que se lhe diga. Tudo tem as suas idiossincrasias e susceptibilidades, até uma coisa mundana e simples como a gastronomia pode ter os seus perigos. Aliás, não é preciso ir muito longe, basta pensar numa má disposição por má digestão ou a consequente diarreia. Não há nada pior do que ficar a cagar fininho… só talvez ouvir um discurso do Cavaco no 25 de Abril ou do Sócrates no 10 de Junho. A política, essa, é quase sempre indigesta.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Accordho Orctopfgrapfíco

Depois das novelas e de muitas outras coisas que não são para aqui chamadas, nomeadamente os dentistas e as putas, só faltava esta. Eles deram cabo na língua portuguesa e agora vamos nós fazer o mesmo aqui? Porquê!? Quero mais é que o acordo ortográfico se quilhe!!

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Bola, Circo e Sicko

Bem, parece que acabou a loucura do futebol, as constantes ligações em directo a Neuchâtel, as crónicas, artigos e reportagens cobre tudo o que tem a ver com os jogadores da selecção, suas mulheres e familiares, bem como todos os demais pormenores e detalhes das suas vidas privadas que curiosamente nem nas revistas cor-de-rosa ainda tinham aparecido por serem tão irrelevantes e pouco curiosas. Quem quer saber que o Raul Meireles se depila completamente e que o Quaresma usa cremes para pôr na cara? Acabou o circo e ao que tudo indica, com os juros, combustíveis e inflação a subirem numa base diária, em breve acabará o pão. Ah!, e senhor primeiro ministro, parece que se lhe acabou também o sossego.
Num registo algo mais positivo, vi hoje o mais recente documentário do Michael Moore, "Sicko", e vejo cada vez mais parecenças entre americanos e portugueses. Gostei particularmente de três pormenores, que não vou revelar por completo para não estragar: o que o inglês refere sobre a democracia, o que o francês refere sobre os franceses e a sua capacidade interventiva, e o gesto do Michael Moore no final para com o seu rival cibernético. Muito bom. Um must see!!

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Realidade, ilusão e magia

Calculo que toda a gente tenha a noção do que é o silêncio, mas será que já alguém o escutou realmente? E as cores, uma cor completa ou a total ausência de cor?Em qualquer situação, teremos sempre algo que nos inibe e impede de chegar a essa percepção plena. Por exemplo na questão do som, existem sempre alguns ruídos, ou nos nossos ouvidos, que até possam não existir verdadeiramente – algum tipo de acufeno presente na nossa audição – ou barulhos exteriores: vento, um pássaro ao longe, o barulho da cidade, o nosso estômago, etc. Nunca vamos saber o que é a total ausência de sons e ruídos. Em relação às cores, por muito que nos possam parecer homogéneas e completas, numa tela, numa parede ou num ecran, são sempre compostas de uma mistura de várias cores e de impressões que os nossos próprios olhos reproduzem. De certo que já experimentaram brincar com as pálpebras quando estão na praia, virados para o sol. Conseguem-se ver várias cores, desde o amarelo ao roxo, mas também vemos sempre algumas coisas que estão nos nossos próprios olhos. Quando nos deitamos e fechamos os olhos no escuro, também não vemos preto, há sempre ali um esverdeado ou outra cor qualquer misturada. O que é interessante nisto tudo, podia arranjar exemplos que nunca mais acabava o post, é que cada indivíduo tem a sua noção da realidade e também a forma como a experiencia, e além da realidade, ainda temos a imaginação, que se nos apresenta mais ou menos consoante o nosso estado de espírito, quer estejamos a dormir quer estejamos acordados. Tudo o que experienciamos neste mundo é saboreado pelos nossos sentidos e filtrado pela nossa consciência individual e única. Mesmo àqueles a quem falta algum sentido ou a falha seja na filtragem, há sempre algum tipo de percepção e consequente consciencialização. Da Arte, passando pela Política e acabando na Religião, há que ter sempre muita atenção e cuidado na interpretação do que nos é apresentado ou imposto. Nenhuma outra consciência deve ser dona da nossa, e mesmo quando nos deixamos arrastar, por necessidade ou apenas porque sabe bem naquele momento, devemos fazer uma posterior reflexão e perceber onde começa e acaba a ilusão e se o problema está em nós ou se nos é submetido. Seja como for, a verdadeira magia existe, não é só paisagem. É apenas e só uma questão de interpretação.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Confissões, aspiradores e toda a morraça de um quintal

Tenho andado intrigado com algo que descobri recentemente. Um tipo solteiro tem de aturar muita coisa, principalmente quando se arma em fada do lar. Da lavagem da roupa à loiça, do passar a ferro à confecção de pratos e petiscos, da manutenção do chão à limpeza das prateleiras infestadas de pó, há de tudo um pouco para nos moer o juízo e impedir o descanso. Tenho investido em maquinaria para me ajudar nas lides domésticas, mas a mais recente aquisição, que por acaso até foi oferta, veio a revelar-se uma verdadeira tragédia. O aspirador portátil foi-me por demais recomendado como um dos melhores utensílios que se pode ter em casa. Pois que ajuda bastante a manter a casa limpa e evita termos de recorrer a toda a hora à vassoura e à pá ou ao aspirador grande, que nem sempre dá jeito tirá-lo do fundo da dispensa, acrescentar-lhe os vários módulos e adaptadores, esticar o fio e ligá-lo à corrente. De facto dá muito jeito, mas acabei por me tornar refém e escravo do cabrão do aspirador portátil! Passo o tempo todo de cu para o ar a aspirar desenfreadamente como aqueles loucos que procuram moedas e colares na areia da praia. Vejo um jeitoso conjunto de migalhas que se largaram da toalha da mesa quando a levantei, vou buscar o furioso e quando me agaixo para libertar o seu poderoso poder de sucção - sem esta potente redundância a piada perderia todo o seu poderio - acho um novelo de cotão debaixo daquele armário, ou um conjunto de pelos de gato junto do tapete da entrada - e eu nem sequer tenho gatos em casa - ou o que resta de duas pétalas das flores que tenho no quintal, ou pedaços já meio desfeitos das putas das bagas da árvore que está mesmo em frente ao quintal e dá uma valente sombra mas que caga morraça o ano inteiro, ou a porcaria dos restos do tapete que tenho à porta da cozinha que se vai desfazendo e suja mais do que limpa... bem, até cansa! Há coisas que deviam facilitar mas só estorvam.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Pussichés, pechisbéques e bibelots... prendas engraçadas!

Hoje de manhã os meus olhos abriram-se para o mundo! Não porque tinha acordado ou porque já era dia quando abriram, mas porque vi um reclame na tv que me mudou para sempre.
Quando chega o Natal ou um aniversário de um amigo, passamos pela eternizante agonia, embora dure apenas uns dias, vá lá, um semana ou duas no máximo, de tentarmos perceber o que dar a uma determinada pessoa. Consoante o tipo de relação que temos com essa pessoa, assim deverá ser o tipo de prenda a dar, mas quando pensamos em dar alguma coisa engraçada ou humorística, as nossas opções são sempre algo limitadas: um livro daqueles tipo "como engatar uma mulher em 3 tempos" ou "como ficar estupidamente culto em 5m"; um filme em dvd do Steven Seagal; uma embalagem de cocó a fingir; uma pack ual para o amigo(a) poder usufruir com a(o) namorada(o) que consiste numa caixa de preservativos com sabor a cacau, pevides de pepino e batata doce, uma lata de chantilly e um de borracha; um quadro daqueles que nunca ninguém consegue ver o que está por detrás da imagem, talvez porque é apenas abstracto e não 3D, mas só tu é que sabes disso; um bilhete de volta da Jamaica para Portugal em época baixa; um saco de 25 fichas de carrinhos-de-choque; um capacete de vicking com cornos, homologado para circular na via pública; um boneco insuflável com a cara do José Cid para a amiga e uma boneca insuflável com a cara da Manuela Moura Guedes antes dela própria parecer uma boneca insuflável para o amigo; etc., etc., etc. São algumas as possibilidades, mas nada se compara ao que eu vislumbrei hoje logo pela matina: um Best Of duplo do Richard Clayderman!!! É melhor do que qualquer cd de música New Age ou de sons da Natureza, julgam o quê!? Quem é que não gosta de se sentir confortável como naqueles momentos em que aguarda consulta na sala de espera do dentista, ou naquele elevador que cheira a um aglomerado de bufas, cholé e odor corporal e demora eternidades para subir do rés-do-chão até ao 5º andar, ou mesmo no intervalo do filme na sala de cinema. Será o sucesso de qualquer festa!! Não vou já a correr comprar porque tenho fé que alguém me ofereça... ou não!

domingo, 8 de junho de 2008

Bólides, combustíveis e vontades várias

Parece-me um valente faux pas que a Galp tenha mandado fazer uma publicidade televisiva – e ainda hoje me pergunto porque será que tem um tema do Bob Dylan como banda sonora – em que o autocarro da Selecção Portuguesa de Futebol aparece a ser empurrado pelos seus adeptos. Tanto quanto se percebe no reclame, não se trata apenas de o fazer para pegar de empurrão, o que seria brutalmente violento, pedindo que o fizessem com os jogadores e toda a equipa técnica lá dentro, por outro lado uma auto-desculpabilização ou pseudo-exoneração do processo de cartelização face aos sucessivos aumentos do preço dos combustíveis também não seria álibi suficiente, mas ainda assim me parece tanto curioso quanto despropositado. Será que amanhã também vou conseguir atestar o depósito do meu bólide com "vontade de vencer"? E sendo uma segunda-feira, dada a altíssima probabilidade de me levantar com mau feitio, onde poderei encontrar uma bomba que tenha depósitos atestados com alta determinação!?

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Paisagens Sonoras

No seguimento do post anterior sobre música, deixo-vos algumas paisagens sonoras:

álbum: Ágætis Byrjun
álbum: ( )
banda: Sigur Rós

álbum: The Dark Side Of The Moon
banda: Pink Floyd

tema: Echoes
banda: Pink Floyd

tema: Teardrop
tema: Angel
banda: Massive Attack

álbum: In Absentia
banda: Porcupine Tree

álbum: Peasants, Pigs & Astronauts
banda: Kula Shaker

álbum: Bullitt Soundtrack
compositor: Lalo Schifrin

São só alguns exemplos. Feed more, please!

quarta-feira, 4 de junho de 2008

A Música

A música é uma coisa fantástica! Não há nada que se compare ao momento em que ouvimos aquele tema pela primeira vez na rádio e ficamos em pulgas por não sabermos quem é a banda que a toca, esperando ansiosamente por escutá-lo outra vez; ou o álbum pelo qual esperámos tanto tempo e deleitarmo-nos em casa a ouvi-lo de uma ponta a outra sem interrupções; ou aquele cd ao vivo do concerto a que assistimos uns meses antes e ficámos sem saber se voltaríamos a repetir a dose de entusiasmo daquela noite mágica. As experiências são várias e quase sempre únicas. Há quem se mova pelas letras, outros mais pelas melodias, ainda há os maluquinhos dos solos e os que gostam mais da teatralidade espectacular de um concerto do que propriamente do som. Por muito que se goste de ouvir e sentir, nem toda a gente sabe o que é fazer música. Escutar e criar são duas coisas bem diferentes e inclusivamente há quem diga que talvez seja impossível um músico ouvir e sentir a música como as outras pessoas o fazem, sem recorrer ao processo intuitivo e automático de “decompor” e analisar um tema quando o escuta. De facto, pensando bem, talvez haja um fundo de razão nesta questão. Quando escuto uma música, sou capaz de dissociar cada instrumento do todo, a melodia do ritmo, a estrutura da letra e a voz da parte instrumental. Mesmo que não queira, é inevitável que o faça, mas ainda assim consigo dar atenção ao todo. No entanto acredito que, não sendo da mesma perspectiva, talvez o resultado seja diferente. No que diz respeito à parte criativa, uns fazem-na a metro e outros de forma alternativa e mais ou menos artística, mas seja de que maneira for é algo de fantástico na criação, na execução ou ao nível da sua posterior audição. Além de tudo o que já descrevi da música como pura fruição, ainda há um mundo que está de alguma forma vedado a quem não toque um instrumento ou não cante. Neste ponto também há alguma discórdia quanto à diferença da pura execução, por exemplo alguém que mesmo sem ouvido e sensibilidade para a música possa aprender a tocar por pauta sem falhar, e a execução sensível de alguém que sinta a música no seu todo. Serão todos músicos ou haverá diferenças entre músicos e executantes? E os intérpretes onde ficam nessa escala? Os verdadeiros músicos, mais ou menos virtuosos ou mais ou menos diletantes, têm uma capacidade inata de intuir a música muito para além de uma pauta ou guia de acordes (tablaturas, etc.) e isso dá-lhes uma natural aptidão e competência para construir paisagens musicais que um mero executante, como todo o respeito que merece, nunca conseguirá, pelo menos sozinho. Se virmos a coisa do ponto de vista de uma orquestra, mesmo sendo todos os músicos que a compõem meros executantes, no geral o resultado pode ser fantástico. Há aqui um meio caminho (middle ground) difícil de definir. Um músico pode construir um tema todo do princípio ao fim – melodia, estrutura de acordes, ritmo, letra, arranjos, orquestrações – ou apenas dar o seu contributo com ideias, a sua sensibilidade e a forma de tocar. Senão, quem quereria pertencer a uma banda em que apenas um ou dois elementos fazem tudo? Como em tantas outras áreas, a música não se faz completamente sozinha por uma pessoa apenas. Mesmo que se pense em tudo ao pormenor, se grave em estúdio todos os instrumentos e todas as vozes, se faça a gravação, produção e masterização sem ajuda de ninguém, na altura de a apresentar ao vivo, que é onde a música mais faz sentido, por muito que soe bem e nos mova em suporte físico (cd), só se consegue fazer algo com a ajuda de outros músicos. Se houver apenas um músico que guie todos os outros executantes, a coisa não tem o mesmo significado sensível. Pode ter forma mas perde em conteúdo. Era exactamente aqui que eu queria chegar! Uma das melhores partes da música no seu todo é sem dúvida a apreciação, também há muito gozo no processo criativo, mas nada, mesmo nada, bate a parte da execução! Até porque quando se juntam vários músicos em vários instrumentos, quer seja numa Jam Session, num ensaio de banda ou gravação em estúdio, a energia que se cria naqueles momentos, por vezes vinda do nada, é simplesmente fantástica, quase indescritível. Só mesmo experimentando ou estando lá para assistir! Se criar a solo já é belíssimo, porque mexe com a nossa sensibilidade como se de uma potente tempestade tropical misturada com uma chuva de estrelas carregada e uma aurora boreal lindíssima se tratasse, criar em conjunto e no impulso de um instante é puramente extasiante. Para mim a parte criativa é uma coisa natural, saem-me letras, riffs, ritmos e melodias a qualquer hora do dia e noite tal como me aparecem as ideias para este blog, e há quem pergunte como o faço e ache estranho, mas não consigo explicar de outra forma que não o de ser tão natural como respirar, mas por muito gozo que me dê fazer e ouvir música sozinho, não há nada como contar com outras pessoas seja a que nível for.
Este texto começou por ter como base de referência uma ideia engraçada que traz algumas gargalhadas em qualquer ensaio ou Jam que se faça, e no final vou revelá-la, mas acabou por ser uma forma de mostrar o que eu acho da música e a forma como a sinto. Quero por fim, deixar um grande abraço aos músicos e amigos com quem já tive o privilégio e a honra de fazer e/ou tocar música, e mostrar que, embora esteja muito motivado a trabalhar quase em exclusivo no projecto Kazoo, provavelmente a banda que eu sempre quis montar, estou sempre (bem) disposto e disponível para outras paisagens musicais. Nada me dá mais prazer nesta vida do que a música, e como tal, gosto de a partilhar em todas as fases do processo (criação, maturação e execução).
Este post é dedicado aos músicos que me têm acompanhado nos últimos 16 anos, mesmo àqueles que acham que não têm o que é preciso. Correndo o risco de parecer convencido e arrogante, digo-vos que nunca me enganei a respeito da sensibilidade de ninguém e há hoje muita gente por aí que evoluiu e cresceu de forma fantástica porque eu fui chato o suficiente para lhes moer o juízo. Quando se tem um talento, seja ele qual for, não se pode ser egoísta e desperdiçá-lo ou guardá-lo só para si. A música, mesmo a que trazemos bem dentro de nós, não é só nossa, é de todos! Ainda estou à espera da revelação de uma pessoa que sempre esteve e estará na base da minha inspiração. Quando um dia aprenderes a sentir a música como eu a sinto, nunca mais vais querer voltar para trás e poderás estar mais próxima de ser feliz, acredita!
Agora a piadola:
Num ensaio ou jam, a coisa que mais faz rir o pessoal acontece mesmo antes de começar: a contagem! Nunca ninguém sabe se se entra ao 3, entre o 3 e o 4 ou ao 4. (private joke para músicos! lol)

terça-feira, 3 de junho de 2008

Selecção Portuguesa

…de manhã:
ao ouvir as notícias na rádio enquanto me locomovia no meu bólide para o meu local de trabalho, ouvi dizer que haveria dois treinos da Selecção Portuguesa na Suiça abertos ao público com ingressos pagos… pensei logo: “deve ser a única selecção a cobrar para a irem ver aos treinos e com este ritmo de entusiasmo nem passamos da primeira fase”

…à hora do almoço:
liguei a tv e depois da notícia do Mourinho no Inter de Milão, lá estava a confirmação de que a única selecção com treinos “abertos ao público” com ingressos pagos é a portuguesa.

É por estas e outras que não avançamos como país! É tudo um bando de cagões e interesseiros. No entanto, tenho esperança, porque gosto muito de futebol e sigo os jogos da selecção, que além de bem pagos e muito admirados, os jogadores consigam ser humildes o suficiente para perceber o que está por detrás destas manifestações de alegria e contentamento quando ainda não ganhámos nada. Somos um país pobre mas com muita vontade, só temos andado meio perdidos muito por causa de quem comanda o barco. Só posso desejar boa sorte à selecção e melhor sorte ainda para todos nós!

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Combate do Ano: Palma vs Winehouse

Depois da triste figura que a Amy Winehouse fez no Rock in Rio, só posso deduzir que não estará muito mais tempo entre nós. E eu que julgava que o Jorge Palma batia todos os records?
Há duas questões que me assolam com base no que vi:
- que raio de manager tem a Amy Winehouse, que a empurra para um palco naquelas condições?
- será que a Amy Winehouse recebeu o cachet que estava acordado ou fizeram um desconto à organização do Rock in Rio?
Gosto muito da voz dela e dos primeiros trabalhos, o "Frank" por exemplo. Já o álbum mais recente não me diz muito ("Rehab"), pois apenas pegou em músicas soul e motown mais ou menos conhecidas (Aretha Franklin, Ottis Redding, etc.) e fez-lhe letras e arranjos novos. Por muito bem que soe, não é o suficiente para ser um bom álbum! Acho que se armou uma aura à volta da rapariga (sim, tem apenas 24 anos) que ela não merece e talvez nem consiga suportar. Se morrer um dia destes de overdose ou de se atirar de uma varanda, vai com certeza ficar na história da música quando ainda fez tão pouco para o merecer. Tem apenas e só um excelente e fora do normal registo vocal, mas a desgraçar-se assim desta maneira, só consegue mostrar isso em estúdio e por pouco tempo.
Depois de vencer ao Jorge Palma em cima do palco, a Amy Winehouse prepara-se para defrontar o futebolista Lucho Gonzalez numa praia perto de si...