quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Amor total, de meio-termo e amor nenhum

«Entregar-nos a alguém não pode ser uma coisa de meio-termo. Podemos dizer que amamos, jurar novas galáxias e atingir picos de satisfação, mas rendermo-nos a alguém é oferecer-lhe o que temos de melhor, a começar pelo coração. Não pode correr mal porque se correr, a palavra 'mal' será demasiadamente pequena para ser usada. A tragédia de nos tornarmos órfãos afectivos é a constatação de não nos poderem devolver aquilo que demos. Ficamos sem uma parte do que nos fez ser especiais, porventura a melhor. Ficamos ocos.»
(Luís Osório)

...ocos e sem norte e quem já amou pelo menos uma vez na vida sabe que há uma quase imediata e até estranha certeza, funcionando como uma ténue mas fixa luz ao fundo do túnel: há vida depois de um grande amor e há ainda outro amor a cuidar, que precisa igualmente de uma entrega total: o amor-próprio!

2 comentários:

Anónimo disse...

Para mim há uma palavra que escreveste (e bem!) e se destaca no teu texto: 'um'...

Porque a verdade é que há mais do que um grande amor!!Fica-se sem norte, procura-se a sul. Parece-me que o mais difícil é rendermo-nos a alguém depois de termos ficado ocos, mas se não o fizermos e, se vivemos hoje com o que sentimos ontem, talvez estejamos a perder não 'um' grande amor mas 'o' grande amor.

Podemos ter ficado 'ocos', uma ou mais vezes, mas só continuamos 'ocos' por opção; se não tivermos coragem para nos render de novo. Porque a verdade é que há mais do que um grande amor! Felizardos aqueles que vivem um grande amor, que se torna 'no' grande amor. Resta-me desejar que sejamos um desses felizardos...

Anónimo disse...

Há amores que esperam por nós. Amores escondidos que se revelam na hora certa. Amores por acaso. Grandes amores e paixões. Cada um deixa a sua marca e conta a sua história. É preciso é estar atento, disponível. Ou seja: não desistirmos de nós. Joana